Aborto
O aborto muito raramente se verifica obedecendo a causas de nossa esfera de ação. Em regra geral, origina-se do recuo inesperado dos pais terrestres, diante das sagradas obrigações assumidas ou aos excessos de leviandade e inconsciência criminosa das mães, menos preparadas na responsabilidade e na compreensão para este ministério divino.
Entretanto, mesmo aí, encontrando vasos maternais menos dignos, tudo fazemos,
por nossa vez, para opor-lhes resistência aos projetos de fuga ao dever, quando
essa fuga representa mero capricho da irresponsabilidade, sem qualquer base em
programas edificantes.
Claro, porém, que a nossa interferência no assunto, em se tratando de luta
aberta contra nossos amigos reencarnados, transitoriamente esquecidos da
obrigação a cumprir, têm igualmente os seus limites.
Se os interessados, retrocedendo nas decisões espirituais, perseveram
sistematicamente contra nós, somos compelidos a deixá-los entregues à própria
sorte.
Daí a razão de existirem muitos casais humanos, absolutamente sem a coroa dos
filhos, visto que anularam as próprias faculdades geradoras.
Quando não procederam de semelhante modo no presente, sequiosos de satisfação
egoística, agiram assim, no passado, determinando sérias anomalias na
organização psíquica que lhes é peculiar.
Neste último caso, experimentam dolorosos períodos de solidão e sede afetiva,
até que refaçam, dignamente, o patrimônio de veneração que todos nós devemos às leis de Deus.
André Luiz