Trabalho e Sacrifício
Filhos, todo o trabalho é santo, contudo, é forçoso não esquecer a santidade maior do trabalho de sacrifício na exaltação do bem:
Quando tudo parece obstáculo intransponível;
Quando a dificuldade econômica nos exaurir as últimas energias;
Quando a enfermidade parece eliminar-nos todas as forças;
Quando a solidão nos envolve em seu manto imponderável de cinza; quando a
calúnia nos fere, de rijo, ameaçando prostrar-nos o coração;
Quando a maioria dos companheiros nos estende o fel da dúvida em troca de nossas
esperanças mais belas;
Quando a tentação nos cerca o espírito necessitado de segurança, ofertando
vantagens materiais à custa de nossa deserção do dever a cumprir; Quando o
desânimo, por frio doloroso, busca entorpecer-nos as fibras mais íntimas;
Quando o cárcere de nossos testemunhos se ergue, aflitivo portas a dentro de
nossa própria casa, aprisionando-nos em superlativo sofrimento moral...
Nesses minutos supremos, é preciso trabalhar mais confiando-nos à Bênção Divina,
que brilha, infatigável, no Trabalho Maior.
Trabalhar, sim, porque é trabalhando no bem de todos que enxugaremos as próprias
lágrimas e venceremos as próprias fraquezas, de modo a que todo mal nos esqueça,
por invulneráveis às arremetidas da sombra.
Filhos, não vos deixeis abater diante da luta. O apostolado da redenção inclui
todas as dores. Lembremo-nos de que, perseguido e tentado, Jesus trabalhou
sempre... Ainda mesmo na cruz, à frente da morte, trabalhou na obra do perdão
sem limites. E não nos esqueçamos de que é pelo trabalho que poderemos responder
ao Divino Apelo que, há muitos séculos, flui da Divina Palavra:
-"Sê fiel e dar-te-ei a coroa da vida."
Batuira