Nossa Família da Terra Acaba Depois da Morte?
Não. Aliás, a família já existia antes.
Nossa família espiritual é muito maior do que a terrena. Constituída de
espíritos que já estiveram juntos em outras existências, ela planejou no espaço
a missão do grupo que constitui nossa organização familiar na Terra. Num lar
reencarnam espíritos simpáticos, para fortalecerem seus laços de amor, também
espíritos antagônicos, para transformarem ódio em amor.
Há somente quatro alternativas para o futuro do homem, além-túmulo.
A primeira é a dos materialistas. Morreu, acabou. Então não vale a pena amar,
pois tudo termina com o fim do corpo físico.
A segunda é a dos panteístas. Morreu, o homem é absorvido no todo universal e
acaba sua individualidade. Como na primeira, o amor se extingue no derradeiro
suspiro.
A terceira é da unicidade da vida. Vivemos uma só existência na face do Planeta.
Morrendo, se formos bons, iremos para o céu, de gozo eterno, ou para o inferno,
sendo mau de sofrimento indescritível, que não acaba nunca. Como poderá ser
feliz alguém no céu, sabendo do padecimento sem fim de um ente querido no
inferno?
Além disso, que Deus justo e amável é esse que permite a alguém nascer de pais
responsáveis, que lhe asseguram excelente formação moral, e a outros permite
virem ao mundo na miséria material e na marginalidade, desde o nascimento?
A quarta hipótese é a da reencarnação. Vivemos inúmeras existências na Terra,
aprendendo e depurando o espírito nas vidas sucessivas, no caminho do
aperfeiçoamento moral. Depois da morte, reencontraremos os entes queridos.
Quanto mais nos aprimoramos internamente, mais felizes seremos, imortalizando e
ampliando o amor que nutrimos uns pelos outros, na família terrena em perene
crescimento.
Jávier Godinho