O Reino a que Você Pertence

Conta-se que certa ocasião, um imperador alemão realizou uma visita a uma das mais afastadas províncias dos seus domínios.

Passando por uma pequena escola, situada à beira da estrada por onde passava, em uma zona rural, resolveu interromper a viagem e visitar os alunos.

Professores e crianças o receberam com emoção, respeito e acatamento.

No meio de tanto entusiasmo, houve quem improvisasse um discurso para saudar a ilustre personagem.

O imperador ficou surpreso e feliz com a recepção.

Percebendo que a classe era viva, inteligente e desinibida, sentiu-se muito à vontade entre os alunos.

Depois de os ouvir cantar, declamar, discursar, ele resolveu se divertir um pouco com eles.

Pediu a seu secretário que lhe trouxesse uma laranja e, mostrando-a aos meninos e meninas, perguntou:

“Qual de vocês é capaz de me responder a que reino pertence esta fruta que tenho na mão?”

“Ao reino vegetal.” – respondeu de imediato uma garota risonha, de olhos brilhantes e muito comunicativa.

“Surpreendente!” – disse o imperador. E continuou:

“Já que você respondeu com tanta precisão, vou lhe fazer duas outras perguntas. Espero que você responda correta e imediatamente. Se me responder sem hesitar, eu lhe dou uma medalha como prêmio. Aceita o desafio?”

“Aceito, sim senhor.” – falou prontamente a garota.

Então, colocando a mão no bolso de sua farda, tirou uma moeda e a mostrou à menina, indagando:

“E esta moeda – a que reino pertence?”

“Ao reino mineral.” – disse ela.

“E eu, a que reino pertenço?” Questionou o imperador.

Houve um rápido momento de silêncio. Os colegas se entreolharam. A garota apagou o sorriso alegre.

Ficou séria e constrangida. Ficou preocupada em ofender o imperador, dizendo que ele pertencia ao reino animal.

Mas, afinal, a resposta seria a correta. Contudo, pensava, poderia perder a medalha e até ser repreendida.

Então, de repente uma resposta lhe veio à mente. Seus olhos voltaram a brilhar, um sorriso iluminou a sua face e ela respondeu,alto e claro:

“O senhor pertence ao reino de Deus!”

A resposta da menina causou admiração entre os colegas, professora e toda a comitiva que acompanhava o imperador.

Foi, no entanto, o próprio imperador que mais se sentiu tocado pela afirmativa da garota.

Com voz embargada, entregou a medalha prometida e, emocionado, falou:

“Espero que eu seja digno desse reino, minha filha!”

Pense nisso!

Todos somos de Deus. Grandes e pequenos. Pobres e ricos. Saudáveis e enfermos.

Independente de cor, raça, nacionalidade, todos somos de Deus.

Todos fomos criados por Ele, mesmo que alguns afirmemos não acreditar que Ele exista.

Somos alimentados por seu amor, todos os dias. E todos alcançaremos, embora em momentos diferentes, o seu reino de paz, de justiça e amor.

Isso porque Deus ama a todos de igual maneira e oferece as mesmas chances de progresso e felicidade.

E pacientemente espera que aceitemos a sua oferta.

Todos somos de Deus. Você, eu, a humanidade inteira!

Não esqueça disso e abra seu sorriso de esperança, renove as suas forças e prossiga no rumo da luz, abraçando o bem.


Momento Espírita