Fixação no Presente
Não poucas criaturas, malbaratando o presente e não investindo
no futuro, gastam-se e desgastam-se na pós-ocupação. A pós-ocupação é ocupação
vã, porque retém a mente fixada em algo já ocorrido no pretérito e que poderia
estar superado. É uma atitude típica do depressivo que se compraz, de maneira
enfermiça, em fixar-se nas experiências negativas transatas, desperdiçando
tempo, energia e oportunidade.
De outras vezes, o ser desgasta-se numa atitude de pré-ocupação. Preocupar-se,
como o indica a própria palavra, é o ocupar-se antes com a ocorrência que
imagina ocorrerá mais tarde. Com isto a pessoa ocupa-se pelo menos duas vezes,
antes da ocorrência e enquanto ela se dá. Na hipótese de pós-ocupar-se com o
problema, a criatura terá se ocupado três vezes, isto é, antes, durante e
depois.
Pensar e refletir com confiança na problemática, é positivo e necessário.
Preocupar-se em excesso é inútil e nada de bom acrescenta.
O ideal, para a existência humana, é a criatura procurar viver sem tristeza pelo
passado e sem ansiedade negativa pelo futuro, num interminável e abençoado
presente, vivendo cada instante, totalmente, não se preocupando de maneira
estéril com o que virá, e também não se pós-ocupando com o que de negativo
sucedeu.
A hora é agora.
Como ensina velha canção, quem sabe faz a hora, não espera acontecer...
Emmanuel, pelas mãos queridas de Francisco Cândido Xavier, assevera que hoje é o
dia mais importante de nossas vidas; nem o ontem, que já vivemos com suas
experiências, nem o amanhã que poderá surgir modificado...
Izaias Claro