Espiritismo na Prática
Mergulhando a mente nas profundas lições da Doutrina Espírita,
o homem se ilumina e descobre os tesouros que buscava, a fim de enriquecer-se de
conhecimento e beleza, realizando uma experiência humana caracterizada pela
ética-moral relevante, que ressalta do conteúdo superior absorvido.
Não obstante a excelência das informações espíritas, estas impõem como
finalidade precípua a transformação íntima da criatura, que deve adotar uma
conduta pautada nos seus ensinamentos, graças aos quais se fazem imediatos o
aprimoramento moral, a renovação emocional e sua conseqüente aplicação no
comportamento social.
Sem a devida utilização dos recursos intelectuais que decifram as incógnitas da
existência corporal, toda essa conquista não passará de adorno sem sentido, que
não contribui, significativamente, para a felicidade real do indivíduo.
O conhecimento propõe responsabilidade, e esta aciona os mecanismos dos deveres
fraternais, concitando à ação positiva, cujos efeitos a Humanidade fruirá em paz
e plenitude.
A prática espírita se expressa através da incorporação dos ensinamentos à
atividade cotidiana, demonstrando a transformação do caráter melhor, com os seus
saudáveis efeitos de bem-estar no grupo social no qual o indivíduo se movimenta.
Irradiando a serenidade que decorre da identificação da lei de causa e efeito,
esta modificação conclama, sem palavras, quantos o cercam, a uma correspondente
atitude, superando as reações perniciosas que decorrem da ignorância delas.
Por extensão, as ações se expandem em favor do próximo, contribuindo para que as
suas aflições sejam diminuídas, atendendo-lhes aos efeitos visíveis, ao mesmo
tempo remontando às raízes geradoras das desgraças, a fim de erradicá-las.
A prática do Espiritismo faculta a construção de uma nova sociedade, na qual o
egoísmo cede lugar à solidariedade, e a injustiça permite a ação da ética dos
direitos humanos, a todos proporcionando o uso e a vivência das bênçãos que o
amor de Deus propicia igualitariamente.
Surge, então, como decorrência, uma inevitável alteração dos códigos legais e
estatutos atuais com formulações mais consentâneas com o amor, tomando o lugar
das leia arbitrárias ainda vigentes em vários Organismos e Nações da Terra.
A prática espírita acende estrelas de esperança nos céus plúmbeos da atualidade
e aponta os rumos da solidariedade a todos quantos se enjaulam no personalismo e
nas ambições desvairadas do eu enfermo.
Há todo um imenso campo a joeirar.
A terra árida dos corações, maltratada e ao abandono, aguarda a tecnologia do
amor a fim de reverdecer, e esse esforço concentrado cabe à prática espírita
daqueles que se iluminaram com o conhecimento.
Todas as doutrinas espiritualistas fomentam a ação do bem e a renovação moral do
homem, no entanto, só o Espiritismo lhes confere a demonstração da sobrevivência
da alma, por meio da mediunidade dignificada.
Utilizar desse imenso acervo de fatos para a prática salutar, colocada no
dia-a-dia, é o compromisso que assume o homem inteligente que, tendo a mente
esclarecida, dulcifica o coração e torna-se amante do bem, da verdade e da
caridade legítima.
Joanna de Ângelis