Sovinice
O sovina Juquinha do Imbuzeiro
Saiu cobrando juros de avarento
A quem rogava prazo e abatimento,
Exigia dinheiro e mais dinheiro.
Pôs em leilăo a casa do Loureiro,
Despojou a viúva do Sarmento,
Tomou cavalo, carro e mantimento
Dos filhos do finado Zé Monteiro.
Mas ao tomar o anel de Dona Aninha,
Uma voz disse a ele: "_ vem Juquinha."
Ele caiu gritando: "_ Deus me valha!".
Era a morte a buscá-lo em tempo estreito,
E Juquinha se foi de dor no peito
Sem levar o dinheiro na mortalha.
Cornélio Pires