O Homem é um Joguete da Matéria?
A equipe médica liderada pelo cirurgião Ahmed Al Fadall,
anunciou no dia 2-7-97, no Cairo, Capital do Egito, a retirada de um feto já
formado, de dois quilos, com olhos, nariz, língua, braços e pernas, da barriga
de um jovem, conforme noticia o Correio Braziliense de 3-7-97. Hicham Ragab, de
quinze anos, chegou ao Hospital al-Demardache reclamando de cólicas, o que levou
os médicos a acreditarem que ele tinha um tumor. Aparentemente, o feto era um
irmão gêmeo de Ragab, que teria se desenvolvido dentro de sua barriga, causando
as cólicas, arriscou o médico.
Esta informação nos remeteu a buscar uma reportagem que tínhamos lido na antiga
revista Visão de dezembro de 1986, que dentre outras coisas diz: “Ao ser
internado no setor pediátrico do Hospital de Bombain, na Índia, acometido de uma
inflamação abdominal, um menino de quatro meses foi submetido a uma laparotomia
(abertura cirúrgica da cavidade abdominal) por uma equipe médica chefiada pelo
Dr. B. L. Chitalangia. Em meio à cirurgia, os médicos encontraram nada mais e
nada menos que um feto, pesando quatrocentos gramas, estrutura anatômica com
braços e pernas, contudo, desprovido de crânio.”
Para a Medicina, os fatos se constituem como um provável processo teratológico
de precedentes raríssimos, visto que se caracterizam por uma interrupção da
própria Natureza biológica de prováveis xifópagos.
Como buscarmos uma explicação espírita destas “anomalias” da Natureza?
Acidente na estrutura do conjunto genético?
O “acaso” satisfaz a estas indagações?
Evidentemente, as academias científicas não buscarão na etiologia de tais
desarmonias genéticas as “raízes-causas” legítimas, posto que, e isso não é
temerário afirmar, restringem-se a ilações de superfície, presas aos compêndios
acadêmicos, atribuindo tais insólitos fenômenos ao fortuito acidente biológico.
Os fatos lançam no rumo da ótica REENCARNACIONISTA, onde, considerando-se os
princípios de ação e reação, a panorâmica é outra: desequilibrados morais,
suicidas, homicidas, viciados de todas as procedências, dilapidadores dos bens
públicos, libertinos, caluniadores REAPARECEM no cenário físico com distúrbios
congênitos como hidrocefalia, mongolismo, câncer, cardiopatias graves,
esquizofrenias e diversas circunstâncias teratológicas e outras infecções,
catalogáveis na patologia como irretroativos.
Segundo o Dr. James Gleske, Diretor do Departamento de Imunologia da Faculdade
de Medicina de Nova Jersey, até 1999, cerca de 250 mil crianças norte-americanas
serão afetadas pela AIDS.
Juntamente com os membros da Academia de Pediatria de Washington, Gleske afirma
que uma das principais causas de as crianças serem portadoras do HIV é a vida
promíscua que levam os seus pais, além de outros fatores importantes, como a
transfusão de sangue, por exemplo, enquanto que no caso específico dos
toxicômanos, o contágio é transmitido através das agulhas de seringas infectadas
do vírus letal.
Sobre a questão do contágio que é real, urge algumas outras ponderações no
debate; até porque, havemos de convir que ninguém sofre quaisquer conseqüências
dolorosas sem um fator de causa, sem alguma transgressão às imutáveis leis
divinas, visto que nos Estatutos de Deus não há lugar para injustiças. Por ser
inconcebível, um filho não deve ser apenado pelos deslizes morais de seus pais,
o bom senso nos sussurra isso. Nas defecções de vidas pregressas encontraremos
as raízes das causas verdadeiras e o grande enigma da dor se justificará ainda
que diante do preocupante quadro em que milhares de crianças sejam infectadas
pelo HIV.
Quando a Medicina desvendar tecnicamente a estrutura funcional do perispírito e
buscar o conhecimento da preexistência dos Espíritos encarnados, encontrará a
solução para muitos desafios científicos, posto que se temos uma vida física
somente, e tão-somente uma existência, nossa visão sobre Justiça Divina torna-se
excessivamente acanhada.
A propósito, como explicar extraordinários fatos de crianças precoces,
“superdotadas”?
Verdadeiras virtuoses na música, na pintura artística, na ciência, etc.
Dir-se-ia que isto depende do organismo? Esta é uma doutrina monstruosa e
amoral. O homem não é mais que uma máquina, joguete da matéria. Atribuir tais
fenômenos a um ocasional privilégio biogenético é no mínimo insensato. Admitamos
ao contrário uma sucessão de existências anteriores progressivas e tudo está
explicado. Ora, visto pelo ângulo verdadeiro, inferimos que nessas múltiplas
experiências formam-se os gênios-mirins.
Ao término desses nossos argumentos, sugerimos: ou a Ciência se rende de vez à
lógica dos fatos imbatíveis, que o Espiritismo desvenda e esclarece de forma tão
translúcida, ou ficará à retaguarda para a explicação de intrincados problemas,
que se constituem verdadeiras barreiras quase que intransponíveis pela ainda
despreparada perquirição científica, no campo da REENCARNAÇÃO.
Jorge Hessen