Sinais dos Tempos

 Em A Gênese, Allan Kardec estuda com muita propriedade a questão dos “sinais dos tempos”, quando a Terra passará por grandes transformações.
Estamos — e dizemos assim porque, embora desencarnado, nos sentimos parte integrante da família humana — às vésperas do Terceiro Milênio, vivenciando já este período de transição, anunciado por aqueles que são considerados profetas ou médiuns que conseguiram intuir os acontecimentos futuros.
Desde o aparecimento do Espiritismo, as vozes do Mundo Espiritual igualmente têm alertado os homens para o que estamos assistindo, neste final de ciclo.
Tudo obedece, porém, à Lei Natural.
Assim como a História registra, de época a época, a ascensão e a queda de impérios que tiveram o seu momento de esplendor e glória, para, em seguida, mergulharem nas sombras, pela degradação moral de seus costumes, as grandes potências experimentam nas bases dilapidações difíceis de conter.
É que, tendo atingido culminâncias em seu desenvolvimento tecnológico, com os templos religiosos repletos de corpos e vazios de almas e com a religião sentindo-se impotente para dar respaldo moral ao homem, em seu anseio de crescimento intelectual, o organismo do mundo experimenta estranhas convulsões...
Paralelamente, a Terra, cansada de ser insultada pelo homem, revolve-se em suas entranhas e, num “sofrido lamento”, que os sismógrafos registram, explode em terremotos que dizimam cidades inteiras...
Em regiões áridas, chove torrencialmente e, em lugares dantes férteis, verificam-se grandes períodos de seca.
Isto tudo é prenúncio de uma renovação necessária, a que a Humanidade não fugirá.
De fato, neste final de milênio e no princípio do próximo, a civilização experimentará grandes abalos, no sentido de rever os seus próprios valores.
O homem exterior carece de tornar-se introspectivo, no que será auxiliado pela dor, a eficiente mestra da vida.
Dos escombros desta civilização, surgirá a civilização do Terceiro Milênio, quando o homem compreenderá ser impossível viver sem fé no coração e sem o “amai-vos uns aos outros”.
Os “tempos realmente são chegados”! Estamos quase que sob o foco da tempestade que saneará a psicosfera do planeta.
Que o Senhor nos fortaleça e nos abençoe, ao recordar-nos de suas palavras:”... e por multiplicar-se a iniqüidade, a caridade de muitos esfriará; mas aquele que perseverar até o fim será salvo.


Irmão José