Benefícios Ocultos Sempre Presentes

Do magnífico livro TRAMAS DO DESTINO (Ed. FEB, Divaldo/Philomeno de Miranda), transcrevo linda página do capítulo 4, para reflexão dos leitores.
"(...) Esses Benfeitores amorosos não liberam os seus tutelados da canga do sofrimento de que necessitam por impositivo dos próprios erros, que lhes cumprem resgatar, recompondo as paisagens humanas que ficaram ermas, em fase da sua instância infeliz. Se o fizessem, seria, antes, uma atitude arbitrária de injustiça, o que constituiria derrogação da leis soberanas que regem a vida, em nome de um falso amor, mais conivência com o erro que estrutura de sabedoria iluminativa e libertadora a benefício geral. Todavia, inspiram decisões felizes, evitam ciladas odientas, que aumentam o padecimento, em virtude da rebeldia a que se arrojam os incautos com a soma das cargas imprevisíveis que arrostam e a que se impõem, danosas; impregnam-nos de forças superiores decorrentes da oração e do intercâmbio psíquico, que estabelecem e mantêm em psicosfera de harmonia e esperança; induzem pessoas ao bem e facultam fatores que auxiliam, atenuando os testemunhos; iluminam a consciência e ativam as lembranças passadas, reavendo-as dos arquivos da memória, a fim de perceberem que a indefraudável justiça divina é também amor, e que o amor é mais apurada metodologia existente para a libertação e aprendizagem do espírito sequioso de evolução; amparam, moralmente, com a sua presença e tornam-se faróis íntimos a apontarem rumo na noite das provações santificadoras. (...)"
Texto claro para nossas reflexões diante das dificuldades todas que todos enfrentamos, convidando-nos à sintonia com esses abnegados amigos anônimos e silenciosos que nos estimulam à superação das lutas. Procuremos sempre lembrar da presença deles em nosso cotidiano, facilitando inclusive o bem estar que tanto precisamos. Eles estão sempre a nos beneficiar em nome do amor, embora silenciosamente e discretamente, porém constantemente presentes nas lutas, com a inspiração do amor, do estímulo, convidando-nos a prosseguir com perseverança.
E aliás, recordemos que o trabalho é realmente o apoio indispensável. A fuga ou o abandono da tarefa espírita, em função do acúmulo de dificuldades enfrentadas, pode significar o agravamento das limitações. Não em virtude de abandono deles, mas pela ausência em nós do polo de ligação com eles: a sintonia com a tarefa da fraternidade, o compromisso doutrinário da perseverança ou a prioridade dos valores espirituais.
Por isso, uma vez mais, bendito o trabalho espírita! Bendito o Centro Espírita que nos possibilita as oportunidades de crescimento, através do trabalho...


Orson Carrara