Porque Existe a Família
Você já pensou sobre qual é o objetivo da família, na terra?
Afinal de contas, por que existe a família?
Se Deus, que é o Criador de todas as coisas, criou a necessidade da vida em
família, é porque ela tem uma finalidade importante para o progresso do
Espírito.
Vamos encontrar a resposta para essa questão, nos ensinamentos do maior Sábio de
todos os tempos.
Jesus recomendou que devemos amar o próximo como a nós mesmos.
Assim, a família é essa escola onde podemos aprender a amar umas poucas pessoas
para um dia amar a humanidade inteira.
Deus, que é a inteligência suprema, sabe que no estágio evolutivo em que se
encontra, o homem é incapaz de amar todos os seres humanos como a si mesmo.
Por essa razão ele distribui as pessoas nessas pequenas escolas chamadas lares,
para que aprendam o amor ao próximo mais próximo.
É assim que em nossas múltiplas existências vamos aprendendo o amor, nas suas
diversas facetas: amor de mãe para filho, de filho para mãe, de irmão para
irmão, de avô para neto, de neto para avô, de tio para sobrinho, de sobrinho
para tio, de esposo para esposa e assim por diante.
E, quando conseguimos amar verdadeiramente um filho, por exemplo, nosso coração
se enternece também pelos filhos alheios.
Quando desenvolvemos profundo amor por uma avó ou pelos pais, toda vez que uma
velhinha ou velhinho cruzar nosso caminho, sentiremos algum carinho, porque nos
lembraremos dos nossos queridos velhos.
Assim, os laços de afeto vão se formando, aos poucos, para que um dia possam se
estender por toda a grande família humana.
Considerando-se, ainda, a lei da reencarnação, ou seja, das várias existências
no corpo físico, vamos solidificando esses laços de afetividade com um maior
número de espíritos, que nascem sob o mesmo teto que nós.
Dessa forma, nossa família espiritual se amplia e os laços de bem-querer se
solidificam a cada nova possibilidade de convívio.
Podemos constatar essa realidade no amor que nutrimos pelos amigos, que não
fazem parte da parentela corporal, mas com os quais temos laços sólidos de
afeição.
Se o amor ao próximo é lei da vida, teremos, mais cedo ou mais tarde, que
aprender esse amor. E nada mais lógico do que começar pelos familiares, que a
sabedoria das leis divinas reuniu no mesmo lar.
Portanto, viver em família é um grande desafio e ao mesmo tempo um importante
aprendizado, pois o convívio diário nos dá oportunidade de limar as arestas com
aqueles que por ventura tenhamos alguma diferença.
Nascendo no mesmo reduto familiar é mais fácil superar as desafeições, pois os
laços de sangue ainda se constituem num ponto forte a favor da tolerância e da
convivência pacíficas.
É por essa razão que existe a família: para que aprendamos a nos amar como
verdadeiros irmãos, filhos do mesmo Criador.
Pense nisso!
Olhando a humanidade como uma grande família, todas as barreiras que separam os
povos caem por terra, pois num outro país, numa outra raça, numa outra religião,
pode estar alguém que já foi nosso parente consangüíneo ou nosso grande amigo
numa existência física passada.
Assim, se você entender que isso tudo faz sentido, comece a ver as pessoas que
cruzam seu caminho com outros olhos. Com olhos de quem entende e atende a
recomendação do Cristo: ame o próximo como a si mesmo.
Momento Espírita