Auxílio Mútuo
Nós, os Espíritos em resgate na Terra, seja no plano físico ou
nas vizinhanças dele, achamo-nos à frente uns dos outros, à maneira de alunos na
escola, devedores na praça ou doentes no hospital.
De momento, é impossível resolver todos os problemas, todavia, desfrutamos, em
qualquer tempo, a possibilidade de algo realizar pelo bem comum.
Impraticável adiantar-se o aprendiz em matéria que ainda não conhece. A
administração do ensino é gradativa e depende da diligência dos professores,
quanto ao progresso da educação. Mesmo assim, logramos colaborar a benefício dos
colegas, estimulando-lhes o desejo de aprender ou amparando-lhes as tarefas em
alguma pequena necessidade.
Inexeqüível para nós a liberação imediata de quantos se acham comprometidos num
tribunal. Certos despachos estão subordinados à equidade dos juízes e ao
fundamento da lei. Apesar disso, não nos faltam meios de encorajar os amigos em
dificuldade, interferindo com fraternal petição em favor deles, ou
estendendo-lhes humilde parcela de auxílio.
Irrealizável curar ou aliviar, de vez, os que sofrem num nosocômio. Medidas
surgem que se endereçam, de modo absoluto, à abnegação dos facultativas e ao
avanço da Medicina. Nenhum de nós, porém, está impedido de abraçar os doentes em
situação mais grave que a nossa, ou de ajudá-los com amparo singelo, na medida
de nossos recursos.
Inadiável construir todo o bem ao nosso alcance, abençoar a todos e socorrer a
todos, ressalvando-se embora a lógica do bem, diante do Mal, de vez que, em nome
do Bem, não se pode permitir incendeie o foro ou tumultue o hospital.
Permaneçamos, assim, atentos ao serviço.
Ninguém pode fazer tudo, mas ninguém existe impossibilitado de acender um raio
de amor para a luz do bem.
Emmanuel