Calma e Fé
Realmente, não te será possível deter as vítimas da
precipitação.
Aqui, é alguém que clama intempestivamente por dias melhores, sem despender
qualquer esforço para alicerça-los.
Ali, é o amigo que desiste da tolerância e se desequilibra no espinheiral da
irritação.
Mais adiante, é o doente exigindo a própria cura em poucas horas, depois de
organizar campo adequado para a longa enfermidade que o aflige.
Com todos esses casos rentearás, inclusive talvez, através de familiares
queridos que se mostrem incursos nesses quadros de intemperança mental, a se
expressarem por estranhas perturbações.
Lembrar-te-ás, porém, de que a ansiedade negativa, só por si, nunca serviu a
ninguém.
A aflição inútil quase sempre apenas mentaliza alucinações suscetíveis de piorar
quaisquer problemas, já de si mesmos graves e complicados.
Observa os padrões da Natureza.
A árvore não frutesce sem habilitar-se no tempo para isso.
Por mais vocifere um homem reclamando a luz solar direta num hemisfério em que o
relógio aponta a meia-noite, reconhecer-se-á obrigado a esperar pelo amanhecer.
A lâmpada para fazer-se clarão deve ajustar-se à voltagem a que se vincula.
E uma criança, por mais prodígios de inteligência, dos quais dê testemunho,
somente abraçará determinadas responsabilidades quando o tempo lhe acrescente
madureza ao raciocínio.
Nas provas com que te defrontes, conserva a serenidade da paciência para que te
sobreponhas aos impactos inevitáveis do sofrimento que, na Terra, comparece no
caminho de todos.
Age e constrói, abençoa e auxilia sempre para o bem, mas não te esqueças de que
se não consegues estabelecer a harmonia e a segurança no íntimo dos outros,
podes claramente guardar a calma e a fé no próprio coração.
Emmanuel