História Simples de Advertência
A mentira sitiava o reduto de trabalho edificante onde a
palavra de Jesus era vida em realização. No entanto, todas portas se encontravam
fechadas...
Pertinaz, porém, a mentira ficou à espreita, aguardando que o ensejo lhe fosse
propício.
Decorrido algum tempo, esta recebeu com júbilo antiga companheira, que desejando
ingressar no santuário do serviço teve a entrada impedida. Chamava-se censura.
As duas amigas dividiram o mesmo antro, confiando no tempo...
Um dia, surpresas, observando que as portas se encontravam abertas; penetrando
através delas, receosas a princípio e triunfalmente depois, armaram as teias
complicadas da obra de destruição.
Entronizada a mentira, o bem inquiriu à verdade como fora possível que a mentira
penetrasse com força necessária para expulsá-lo do próprio lar. E, após
meticuloso exame, a verdade informou que fora a maledicência sorrateira que
abriu, à mentira, a porta de entrada, utilizando a censura que facilmente
grassou entre os seus servidores.
A maledicência pode ser comparada a vírus perigoso de fácil proliferação. Quanto
mais é vitalizada com atenção, mais facilmente se propaga.
A maledicência, para conseguir triunfo rápido, alia-se à censura, sarna de fácil
contágio, que se encontra em germe em quase todas as criaturas.
Se você realmente alcançar os Altos Cimos da Vida, liberte-se quanto antes da
maledicência e da censura. Não acredite que ajudará ao seu irmão, censurando-o .
Ninguém oferece a um amigo sedento água estagnada, se recolhida com vasilhame
imundo.
Ninguém ajuda maldizendo.
Desculpe sempre os erros do seu companheiro, no sacerdócio do bem, inspirando-o
a acertar mais, para a felicidade de todos.
Amélia Rodrigues