O Varão da Macedônia
“E Paulo teve de noite uma visão em que se apresentou, em pé, um varão da
Macedônia e lhe rogou: Passa à Macedônia e ajuda-nos!” — (ATOS, capítulo 16,
versículo 9.)
Além das atividades diárias na vida de relação, participam os homens de vasto
movimento espiritual, cujas fases de intercâmbio nem sempre podem ser
registradas pela memória vulgar.
Não só os que demandam o sepulcro se comunicam pelo processo das vibrações
psíquicas.
Os espíritos encarnados fazem o mesmo, em identidade de circunstâncias, desde
que se achem aptos a semelhantes realizações.
Mais tarde, a generalidade das criaturas terrestres ampliará essas
possibilidades, percebendo-lhes o admirável valor.
Isso, aliás, não constitui novidade, pois, segundo vemos, Paulo de Tarso, em
Tróade, recebe a visita espiritual de um varão da Macedônia, que lhe pede
auxílio.
A narração apostólica é muito clara. O amigo dos gentios tem uma visão em que
lhe não surge uma figura angélica ou um mensageiro divino. Trata-se de um homem
da Macedônia que o ex-doutor de Tarso identifica pelo vestuário e pelas
palavras.
É útil recordar semelhante ocorrência para que se consolide nos discípulos
sinceros a certeza de que o Evangelho é portador de todos os ensinamentos
essenciais e necessários, sem nos impor a necessidade de recorrer a
nomenclaturas difíceis, distantes da simplicidade com que o Mestre nos legou a
carta de redenção, na qual nos pede atenção amorosa e não teorias complicadas.
Emmanuel