Sexo e a Espiritualidade Superior
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O anfitrião, explanando as idéias que nós, os presentes, aventávamos, historiou,
em síntese, que na Espiritualidade Superior o sexo não é considerado unicamente
por baliza morfológica do corpo de carne, distinguindo macho e fêmea, definição
unilateral que, na Terra, ainda se faz seguir de atitudes e exigências
tirânicas, herdadas do comportamento animal.
Entre os Espíritos desencarnados, a partir daqueles de evolução mediana, o sexo
é categorizado por atributo divino na individualidade humana, qual ocorre com a
inteligência, com o sentimento, com o raciocínio e com faculdades outras, até
agora menos aplicadas nas técnicas da experiência humana.
Quanto mais se eleva a criatura, mais se capacita de que o uso do sexo demanda
discernimento pelas responsabilidades que acarreta.
Qualquer ligação sexual, instalada no campo emotivo, engendra sistemas de
compensação vibratória, e o parceiro que lesa o outro, até o ponto em que
suscitou os desastres morais conseqüentes, passa a responder por dívida justa.
Todo desmando sexual danificando consciências reclama corrigenda, tanto quanto
qualquer abuso do raciocínio.
Homem que abandone a companheira sem razão ou mulher que assim proceda, gerando
desregramentos passionais na vítima, cria certo ônus cármico no próprio caminho,
pois ninguém causa prejuízo a outrem sem embaraçar a si mesmo. Vaticinou que a
Terra, a pouco e pouco, renovará princípios e conceitos, diretriz e legislação,
em matéria de sexo, sob a inspiração da Ciência, que situará o problema das
relações sexuais no lugar que lhe é próprio.
Empenhou se a repetir que na Crosta Planetária os temas sexuais são levados em
conta, na base dos sinais físicos que diferenciam o homem da mulher e
vice-versa; no entanto, ponderou que isso não define a realidade integral,
porquanto, regendo esses marcos, permanece um Espírito imortal, com idade às
vezes multimilenária, encerrando consigo a soma de experiências complexas, o que
obriga a própria Ciência terrena a proclamar, presentemente, que masculinidade e
feminilidade totais são inexistentes na personalidade humana, do ponto de vista
psicológico. Homens e mulheres, em espírito, apresentam certa percentagem mais
ou menos elevada de característicos viris e feminis em cada indivíduo, o que não
assegura possibilidades de comportamento íntimo normal para todos, segundo a
conceituação de normalidade que a maioria dos homens estabeleceu para o meio
social.
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Trecho do Capítulo 9 do livro referido abaixo.
André Luiz