Passes
“E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas
e lhe imponhas as mãos para que sare, e viva.” — (MARCOS, capítulo 5, versículo
23.)
Jesus impunha as mãos nos enfermos e transmitia-lhes os bens da saúde.
Seu amoroso poder conhecia os menores desequilíbrios da Natureza e os recursos
para restaurar a harmonia indispensável.
Nenhum ato do Divino Mestre é destituído de significação. Reconhecendo essa
verdade, os apóstolos passaram a impor as mãos fraternas em nome do Senhor e
tornavam-se instrumentos da Divina Misericórdia.
Atualmente, no Cristianismo redivivo, temos, de novo, o movimento socorrista do
plano invisível, através da imposição das mãos. Os passes, como transfusões de
forças psíquicas, em que preciosas energias espirituais fluem dos mensageiros do
Cristo para os doadores e beneficiários, representam a continuidade do esforço
do Mestre para atenuar os sofrimentos do mundo.
Seria audácia por parte dos discípulos novos a expectativa de resultados tão
sublimes quanto os obtidos por Jesus junto aos paralíticos, perturbados e
agonizantes.
O Mestre sabe, enquanto nós outros estamos aprendendo a conhecer. É necessário,
contudo, não desprezar-lhe a lição, continuando, por nossa vez, a obra de amor,
através das mãos fraternas.
Onde exista sincera atitude mental do bem, pode estender-se o serviço
providencial de Jesus.
Não importa a fórmula exterior. Cumpre-nos reconhecer que o bem pode e deve ser
ministrado em seu nome.
Emmanuel