Firmeza de Fé
“E os que estão sobre a pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem
com alegria; mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e, na época
da tentação, se desviam.” — Jesus. (LUCAS, capítulo 8, versículo 13.)
A palavra “pedra”, entre nós, costuma simbolizar rigidez e impedimento; no
entanto, convém não esquecer que Jesus, de vez em quando, a ela recorria para
significar a firmeza. Pedro foi chamado pelo Mestre, certa vez, a “rocha viva da
fé”.
O Evangelho de Lucas fala-nos daqueles que estão sobre pedra, os quais receberão
a palavra com alegria, mas que, por ausência de raiz, caem, fatalmente, na época
das tentações.
Não são poucos os que estranham essa promessa de tentações, que, aliás, devem
ser consideradas como experiências imprescindíveis.
Na organização doméstica, os pais cuidarão excessivamente dos filhos, em
pequeninos, mas a demasia de ternura é imprópria no tempo em que necessitam
demonstrar o esforço de si mesmos.
O chefe de serviço ensinará os auxiliares novos com paciência e, depois,
exigirá, com justiça, expressões de trabalho próprio.
Reconhecemos, assim, pelo apontamento de Lucas, que nas experiências religiosas
não é aconselhável repousar alguém sobre a firmeza espiritual dos outros;
enquanto o imprevidente descansa em bases estranhas, provavelmente estará
tranqüilo, mas, se não possui raízes de segurança em si mesmo, desviar-se-á nas
épocas difíceis, com a finalidade de procurar alicerces alheios.
Tudo convida o homem ao trabalho de seu aperfeiçoamento e iluminação.
Respeitemos a firmeza de fé, onde ela existir, mas não olvidemos a edificação da
nossa, para a vitória estável.
Emmanuel