Decálogo para Médiuns
1 – Rende culto ao dever.
Não há fé construtiva onde falta respeito ao cumprimento das próprias
obrigações.
2 – Trabalha espontaneamente.
A mediunidade é um arado divino que o óxido da preguiça enferruja e destrói.
3 – Não te creias maior ou menor.
Como as árvores frutíferas, espalhadas no solo, cada talento mediúnico tem a sua
utilidade e a sua expressão.
4 – Não esperes recompensas no mundo.
As dádivas do Senhor, como sejam os fulgores das estrelas e a carícia da fonte,
o lume da prece e a benção da coragem, não têm preço na Terra.
5 – Não centralizes a ação.
Todos os companheiros são chamados a cooperar, no conjunto das boas obras, a fim
de que se elejam à posição de escolhidos para tarefas mais altas.
6 – Não te encarceres na dúvida.
Todo bem, muito antes de externar-se por intermédio desse ou daquele intérprete
da verdade, procede originariamente de Deus.
7 – Estuda sempre.
A luz do conhecimento armar-te-á o espírito contra as armadilhas da ignorância.
8 – Não te irrites.
Cultiva a caridade e a brandura, a compreensão e a tolerância, porque os
mensageiros do amor encontram dificuldade enorme para se exprimirem com
segurança através de um coração conservado em vinagre.
9 – Desculpa incessantemente.
O ácido da crítica não te piora a realidade, a praga do elogio não te altera o
modo justo de ser, e, ainda mesmo que te categorizem à conta de mistificador ou
embusteiro, esquece a ofensa com que te espanquem o rosto, e, guardando o
tesouro da consciência limpa, segue adiante, na certeza de que cada criatura
percebe a vida do ponto de vista em que se coloca.
10 – Não temas perseguidores.
Lembra-te da humildade do Cristo e recorda que, ainda Ele, anjo em forma de
homem, estava cercado de adversários gratuitos e de verdugos cruéis, quando
escreveu na cruz, com suor e lágrimas, o divino poema da eterna ressurreição.
André Luiz