Na Hora da Crítica
Salientamos a necessidade de moderação e equilíbrio, ante os momentos menos
felizes dos outros; entretanto, há ocasiões em que as baterias da crítica estão
assestadas contra nós.
Junto de amigos, quanto de opositores, ouvimos objurgatórias e reprimendas e,
não raro, tombamos mentalmente em revolta ou depressão.
Azedume e abatimento, porém, nada efetuam de construtivo. Em qualquer
dificuldade, irritação ou desânimo apenas obscurecem situações, ou complicam
problemas.
Atingidos por acusação e censura, convém estabelecer minucioso auto-exame.
Articulemos o intervalo preciso, em nossas atividades, a fim de orar e refletir,
vasculhando o imo da própria alma.
Analisemos, sem a mínima compaixão por nós mesmos, todos os acontecimentos que
nos ditam a orientação e a conduta, sopesando, fatos e desígnios que motivaram
as advertências em lide, com rigorosa sinceridade. Se o foro íntimo nos apontas
falhas de nosso lado, tenhamos desculpas aos ofendidos ou diligenciando meios de
sanar os prejuízos de que sejamos causadores. Entanto, se nos identificarmos
atentos ao dever que a vida nos atribui, se intenção e comportamento nos deixam
seguros, quanto ao caminho exato que estamos trilhando em proveito geral e não
em exclusivo proveito próprio, saibamos acomodar-nos à paz e à conformidade. E,
embora, reclamação e tumulto nos cerquem, prossigamos adiante, na execução do
trabalho que nos compete, sem desespero e sem mágoa, convencidos de que, acima
do conforto de sermos imediatamente compreendidos, vige a tranqüilidade da
consciência, no cumprimento de nossas obrigações.
Emmanuel