Fardos Inúteis
A vida nos concede incessantes oportunidades de aprendizado, onde estivermos.
Nos lugares de convívio mais estreito, como o lar, a escola e o trabalho,
estamos rodeados por familiares, por colegas, por amigos.
Naturalmente, não somos iguais na maneira de ser e de pensar, mesmo porque
sabemos que não existem dois seres humanos iguais.
Cada um de nós tem o seu tempo de experiências reencarnatórias, o que nos
confere um comportamento particular.
Chega a ser interessante que assim se componham as equipes mais variadas, pois
são oportunidades de crescimento para todos.
O companheiro de difícil trato é alguém que sofre, que está em desarmonia íntima
e que, com seu comportamento, nos convoca a cultivarmos paciência e respeito.
Os que caminhamos menos atribulados, temos a oportunidade de exemplificar como
ser paciente. Até mesmo ajudá-lo a superar algumas das suas intrincadas
questões....
Sempre podemos aprender algo de bom com alguns parceiros de convivência, mesmo
com aqueles que não nos são tão simpáticos.
Podemos, por vezes, ser feridos em nossos sentimentos, por ações ou palavras.
Existe aquele colega folgado que só se sente feliz quando deixa alguém
envergonhado; aquele familiar que nos humilha para se sentir superior.
Assim procedem por trazerem questões íntimas, doloridas, turbulentas, que os faz
revoltados.
O importante, no entanto, é não assimilarmos os ultrajes, quaisquer sejam,
estragando nosso dia.
Como disse alguém, certa feita: não devemos carregar lixo na alma, ou seja, nada
do que nos faça mal. Nem mágoa por quem nos feriu, nem as críticas destrutivas
que nos foram dirigidas.
Devemos aprender a não valorizar a ofensa, nem divulgá-la a terceiros, pois isso
é colaborar com o mal, que não deve merecer consideração, em tempo algum.
Valorizemos o bem que recebemos, mesmo que possa ser de poucas pessoas, de uma
só. Não importa.
Acostumemo-nos a comentar esses benefícios que tornam nossa vida mais amena.
Valorizemos as companhias que nos fazem bem, que sabem nos estimular ao
prosseguimento da conquista de virtudes, que se associam ao nosso esforço.
Sigamos na direção do sol, buscando a claridade dos seus raios benéficos.
Não nos permitamos colocar nuvens escuras desnecessárias, no céu das nossas
vidas.
Todos temos nossos problemas a resolver, dificuldades a sanar. Não nublemos
ainda mais as nossas horas.
Permitamos que brilhe nosso sol interior, esse que não provoca sombras, porque
ilumina de dentro para fora.
Que os ataques de quem ainda não aprendeu ou não conseguiu iluminar-se, não
esmoreça nossa vontade de prosseguir brilhando.
Sem carregar fardos desnecessários, sem nos permitirmos ofuscar, prossigamos no
rumo que estabelecemos para nós: crescer, a cada dia, um mínimo que seja.
E como na vida nos compete carregar alguns fardos, não aumentemos nossa carga
com maldades, calúnias ou críticas infundadas.
Prossigamos no rumo da luz, brilhando, mesmo de forma tênue.
Sigamos leves, carregando somente o que nos faz bem, nos engrandece, nos
estimula a conquistas de valores imperecíveis.
Momento Espírita