Agradecemos a Deus
Necessário conservar o coração agradecido a Deus para que as aflições não nos
deteriorem os sentimentos.
Para isso, é forçoso procurar o lado melhor das cousas e ocorrências, a outra
face das pessoas e circunstâncias.
Em muitos episódios da nossa caminhada na Terra, porque a provação nos visite,
afundamo-nos em desânimo, todavia, em nos apercebendo com segurança quanto a
significação disso, compreendemos para logo que a provação é alavanca
psicológica, sem a qual não solucionaríamos as dificuldades alheias.
Certas afeições, no mundo, nos abandonam em caminho, amarfanhando-nos o
Espírito, no entanto, que seria de nós se determinados laços possessivos nos
detivessem o coração, indefinidamente?
Empeços materiais persistem conosco por tempo enorme, contudo, acabamos notando
que sem eles, quase sempre, ser-nos-ia impraticável a consolidação do equilíbrio
espiritual.
A decepção trazida por um amigo é razão para grande sofrimento, entretanto, a
pouco e pouco, reconhecemos que a decepção, no fundo, não existe, de vez que a
ruptura de certas relações se traduz por transitório desnível, através do qual
se rompem hoje tarefas abraçadas em comum para se refazerem. De futuro, em novas
condições de harmonia e rendimento no bem de todos.
O bisturi do cirurgião é suscetível de inquietar-nos a vida mas retira de nós
aquilo que pode induzir-nos à morte prematura.
Saibamos agradecer ao Senhor os dons de que fomos aquinhoados. Dor é aviso,
obstáculo é medida de resistência, desilusão é reajuste, contratempo é lição. Se
sabemos aceitá-los, transformam-se-nos sempre em dispositivos para a obtenção da
felicidade maior. Isso ocorre, porque, na maioria das ocasiões, os
desapontamentos nada mais são que oportunidades a fim de que as nossas emoções
se façam respostas na órbita de nossos deveres ou para que os nossos raciocínios
se recoloquem na direção de Deus.
Emmanuel