Desfalque Expressivo
Há um grave desfalque na análise que se faz de assunto que sempre volta à
mídia. Discussões infindáveis se estabelecem, muitas vezes sem acordo, com
argumentos que se apresentam favoráveis e contrários, embasados todos em
inúmeras razões.
O que ocorre é que um detalhe fundamental muda todo o panorama para análise do
tema. E convidamos o leitor para considerar esse fundamental aspecto no contexto
do assunto, especialmente os que são fervorosos na defesa do aborto. O tema,
novamente em evidência, é o aborto, e o detalhe é que o desconhecimento da
realidade espiritual – ou seja, a vida tem variadas manifestações, muito além de
nossa limitada visão material. A vida não se resume às décadas que aqui vivemos.
No feto, portanto, há vida desde a concepção e ali habita um espírito imortal,
que retorna para experiências de aprendizado. Uma vez concebido, o feto já não é
propriedade de ninguém, nem dos pais, médicos ou parteiras, e adquire
imediatamente o direito de viver, ainda que rejeitado pelos sentimentos ou
circunstâncias de sua concepção.
Antes, pois, dos brados em favor do crime do aborto, há que se considerar o
espírito imortal ali habitando no corpo que se pretende exterminar. Se não é
desejado, é melhor doar que matar.
O desconhecimento desse fundamental detalhe, é a grande causa dessa onda
dispensável de agressividade. A expressão muito clara, independente de crença,
que conclama-nos pensar, surgiu do capítulo “Os abortistas, onde estarão?”,
constante do livro O Silêncio Quebrado, do amigo Humberto Vasconcelos, de
Recife-PE.
A vida é muito valiosa para ser agredida ou desconsiderada. À ela, devemos
gratidão e cuidados.
Orson Carrara