Irmãos Difíceis
Problema a considerar, os irmãos difíceis.
Em muitas ocasiões, no limiar da iniciação espírita, renteamos com eles, como
que a experimentar-nos a fé renovadora. Patenteiam-se por indiscutíveis
remanescentes de nossas existências do pretérito, figurando-se meirinhos da
Justiça Eterna, a pedir-nos contas de atos mínimos.
Seria justificável frustrar impulsos edificantes ou secar a fonte do trabalho
espiritual que se nos indica à regeneração e ao progresso, tão somente porque
não se nos fazem agradáveis, de imediato, ao modo de ser? Recomendável desertar
da lição porque se revele intrincada e obscura?
Não te dês à fuga, quando esse desafio reponte da estrada.
Recorda os irmãos difíceis em tuas preces diárias, figura-lhes mentalmente a
imagem, qual se estivessem diante de ti e roga ao Senhor os envolva em Sua
Bênção.
Dirige-lhes a tua silenciosa mensagem de simpatia e, sempre que surja o ensejo
devido, auxilia-os em tudo aquilo que lhes possa ser útil.
Em geral, somos também menos simpáticos para todos aqueles que situamos nessa
posição.
Se há quem nos contrarie, instintivamente, contrariamos também a muitos
companheiros, às vezes, sem perceber.
Se aqueles que ainda não se afinam conosco denotam erros aos nossos olhos, os
erros que carregamos se destacam aos olhos deles.
Amor e paciência, tolerância e amparo fraterno são os recursos adequados para os
embaraços desse jaez.
Se algum irmão difícil se te constitui provação no caminho, esteja onde estiver,
põe especial atenção no serviço que lhe possas prestar. Extingue o foco da
antipatia com o anti-séptico da oração e do entendimento, da paz e da
colaboração desinteressada.
Aversões que surgem são crueldades mentais do passado que reaparecem. Toda
crueldade mental é doença do espírito e toda doença pede cura.
Emmanuel