Longe da Luz

Como observar a atitude daqueles que desistem das atividades espíritas, depois de esposarem tarefas doutrinárias?

Evidentemente, a livre escolha nos comanda as decisões em todas as áreas do pensamento, entretanto, é forçoso anotar que o abandono dos compromissos, ante o Cristo de Deus, é sempre lamentável, porque, se no campo das bênçãos que nos felicitam, aparecem dificuldades a superar, esses mesmos obstáculos serão muito maiores noutros climas.

Sofres injúria e sarcasmo, ao lado de amigos que te compartilham a fé e te alentam as forças, mas se foges deliberadamente ao convívio deles, padecerás semelhantes provações muito mais intensivamente, à distância desses companheiros e benfeitores de cuja proteção te demites.

Arrostas tentações na seara do bem que te ampara contra os arrastamento ao mal, no entanto, se desertas do encargo que te coube na obra de apoio aos semelhantes, exporás o coração em deplorável temeridade ao ataque das trevas, já que te retiras da cobertura espiritual que te garante a segurança possível.

Se nos aborrecemos com a disciplina humana, o que seremos nós, desde que nos reconhecemos todos ainda longe das qualidades angelicais?

Se abolimos a prece na vivência cotidiana, como harmonizar as energias da própria alma, a fim de compreender a vida, no tumulto das experiências menos felizes?

Provavelmente estaremos atravessando crises e empeços nos caminhos da luz, mas se nos ausentamos voluntariamente da luz para acomodar-nos com a sombra, decerto que a nossa situação, em qualquer terreno, se fará pior.


Emmanuel