Anjos para Custodiar Criminosos

Se você tem que enfrentar um animal feroz, agressivo, enjaulado ou que te surpreende, há que se utilizar de recurso resistente de defesa, fugir do local ou se for o caso de entrar em seus domínios, terá que valer-se de pessoa forte, experiente, que possa dominar a situação.

Da mesma forma você não vai convocar uma ovelha para domar um lobo feroz. Ela será fácil e rapidamente trucidada.

O raciocínio também vale para as atrocidades humanas, saindo agora dos animais agressivos, muito semelhantes em várias situações a comportamentos bem animalescos.

Para enfrentar pessoas com índole perversa, que lamentavelmente se transformam em homicidas, caminham pelo crime generalizado (não só com armas de fogo, claro), é preciso para enfrenta-los igualmente pessoas inteligentes, ágeis e fortes, em muitos casos fisicamente também. Inclusive em inúmeros casos com o mesmo perfil psicológico e também com a malícia própria de índoles bem parecidas, embora com focos diferentes.

A reflexão surgiu depois da leitura do capítulo I – Ouvindo elucidações - do livro Libertação (André Luiz/Chico Xavier), bem cabível para as situações cotidianas, que tantos embates tem provocado na realidade humana. Observe atentamente:

“(...) Homens perversos, calculistas, delituosos e inconsequentes são vigiados por gênios da mesma natureza, que se afinam com as tendências de que são portadores. Realmente nunca faltou proteção do Céu contra os tormentos que as almas endurecidas e ingratas semearam na Terra, e os numes guardiões não se despreocupam dos tutelados; no entanto, seria ilógico e absurdo designar um anjo para custodiar criminosos. (...) - na longa e consistente fala do Ministro Flácus Pense comigo, amigo e amiga, sobre o final da reflexão. Sugiro que não percam a chance de reler o valioso capítulo, na íntegra, para não ficarmos apenas na superfície do trecho transcrito.

Realmente, usando a mesma comparação acima citada.... Não se envia anjos para custodiar criminosos. Para enfrentar um lobo, envia-se outro lobo....

Deixo à imaginação do leitor as reflexões e conclusões que possa tirar.


Orson Carrara