Luta e Confia

Não te entregues ao mal. Luta e confia,
De mãos sangrentas pela estrada afora,
Glorificando o bem, sofrendo embora
A tormenta de pranto e de agonia.

Enfrenta a tempestade e a noite fria,
E ante a esfinge insolúvel que devora,
Medita e silencia, sonha e chora,
Mas espera o clarão do novo dia.

Não procures a morte escura e extrema,
A fuga não resolve o teu problema
E a dor prossegue, amargurosa e crua...

Recorda, sem cessar, seguindo avante
Que, em tudo, há uma justiça vigilante
E que a Vida Infinita continua...


Arnold Souza