Confissão
Quando a cela de carne vira pó,
A gente volta vivo para cá,
Lembrando com saudade de dar dó
Essa bóia daí que aqui não há...
Moqueca, caruru, mãe-benta, efó,
Quibebe, canjiquinha, munguzá,
Sequilhos, abará, manuê, bobó,
Tutu, acarajé e vatapá...
Vivo morto de fome por aqui!
Para que eu não embirre igual guri,
É preciso ter muita e muita fé...
Puxa, meu pessoal! Que sururu!
Ouçam meu coração que fala nu:
Cuidado, pois o garfo dá banzé!
Lulu Parola