Julgamentos
Observando os atos dos outros, é importante lembrar que os outros igualmente
estão anotando os nossos.
Sabemos, no entanto, de experiência própria que, em muitos acontecimentos da
vida, há enorme distância entre as nossas intenções e nossas manifestações.
Quantas vezes somos interpretados como ingratos e insensíveis, por havermos
assumido atitude enérgica ante determinado setor de nossas relações, após
atravessarmos, por longo tempo, complicações e dificuldades, nas quais até mesmo
os interesses alheios foram prejudicados em nossas mãos?
E quantas outras vezes fomos considerados relapsos ou pusilânimes, à vista de
termos praticado otimismo e benevolência, perante aqueles com os quais teremos
chegado ao extremo limite
da tolerância?
Em quantas ocasiões estamos sendo avaliados por disciplinadores cruéis, quando
simplesmente desejamos a defesa e a vitória do ente que mais amamos, e em
quantas outras passamos por tutores irresponsáveis e levianos, quando entregamos
as criaturas queridas às provas difíceis que elas mesmas disputam, invocando a
liberdade que as Leis do Universo conferem a cada pessoa consciente de si?
Reflete nisso e não julgues o próximo, através de aparências.
Deixa que o AMOR te inspire qualquer apreciação, e, quando necessites pronunciar
algum apontamento, num processo de emenda, coloca-te no lugar do companheiro sob
censura e encontrarás as palavras certas para cooperar na obra de ilimitada
misericórdia com que DEUS opera todas as construções e todos os reajustes.
Corrige amando o que deve ser corrigido e restaura servindo o que deve ser
restaurado;
entretanto, jamais condenes, porque o Senhor descobrirá meios de invalidar as
posições do mal para que o bem prevaleça, e, toda vez que as circunstâncias te
exijam examinar os atos dos outros, recorda que os nossos atos, no conceito dos
outros, estão sendo examinados também.
Emmanuel