Notas da Estrada
Ofensa! Pedrada a esmo,
Que a gente em tudo, aliás,
Só registra a que recebe
Sem saber a que se faz.
Guarda o sorriso no rosto
Se te supões infeliz.
Quem se lamenta ou se queixa
Nunca está mal como diz.
Não duvides do futuro,
Alma triste e fatigada!...
Todo dia, o Sol espanca
As trevas da madrugada.
Saudade, quando aparece,
Ninguém sabe, ninguém conta...
Parece flecha de mel
Trazendo fogo na ponta.
No transito do destino,
Deus pôs leis no coração:
Amizade – sinal verde,
Sinal vermelho – paixão.
Aurílio Braga