Filhos de Deus "Na vossa paciência, possui as nossas almas". - Jesus (Lucas, 21:19)
Afinal de contas, ter paciência não será sorrir para as maldades humanas, nem
coonestar suas atividades indignas sobre a face do mundo.
Concordar alguém com todos os males da senda terrestre, a pretexto de revelar
essa virtude, seria um contra-senso absurdo. Ter paciência, então, será resistir
aos impulsos inferiores que nos cerquem na estrada evolutiva, conduzindo todo o
bem que nos seja possível aos seres e coisas que se achem diante de nos, como a
representação desses mesmos Impulsos.
Jesus foi o modelo da paciência suprema e resistiu a nossa inferioridade,
amando-nos. Não se nivelou com as nossas fraquezas, mas valeu-se de todas as
ocasiões para nos melhorar e conduzir ao bem. Sua misericórdia tomou os nossos
pecados e transformou cada um em profunda lição para a reforma de nós mesmos.
Não aplaudiu as nossas misérias, nem sorriu para os nossos erros, mas
compreendeu-nos as deficiências e amparou-nos. Embora tudo isso, resistiu-nos
sempre, dentro de seu amor, até a cruz do martírio.
A paciência do Cristo é um livro aberto para todos os corações inclinados ao bem
e a verdade.
Somente pela sincera resistência ao mal, com a disposição fiel de transforma-lo
no bem, conseguireis possuir as vossas almas. Ao contrario disso, ainda que vos
sintais autônomos e fortes, vós mesmos é que sereis possuídos por tendências
indignas ou sentimentos inferiores.
Portanto, justo é que busqueis saber, hoje mesmo, se já possuis os vossos
corações ou se estais ocupados pelas forças estranhas ao vosso titulo de filhos
de Deus.
Emmanuel