Indulgência Ainda
A indulgência não é apenas caridade para com os outros.
Erige-se igualmente como sendo processo de nos imunizarmos contra o impacto de
vibrações destrutivas. Por isto mesmo, o tato deve estar conosco, à feição de
porta – verdade, a fim de que os nossos pensamentos não venham a ferir os
outros, tornando de outros para nós, de maneira a ferir-nos.
Assim nos expressamos porque a idéia em si é fonte de força em que a palavra se
articula.
Aprendamos, ainda e sempre, a empregar a indulgência construtivamente, em se
tratando das pessoas.
Quando esse companheiro ou aquela companheira se mostrarem autoritários, de modo
excessivo, mentalizemo-los por irmãos responsáveis e confiantes; surgindo os que
se nos afigurem vagarosos, na execução das tarefas que lhes caiba, imaginemo-los
por meticulosos e tímidos, nunca por preguiçosos e lerdos; se aparecerem por
figurinos de avareza e se chamados a exprimirmos, quanto a eles,
interpretemo-los por amigos da poupança e não da sovinice; quando se revelarem
portadores de opiniões demasiado francas, aceitemo-los por amigos sinceros mas
não imprudentes; em se evidenciando facilmente irritáveis, vejamo-los por
temperamentos emotivos e não por pessoas aborrecidas ou intolerantes; e quando
se nos destaquem aos olhos dos irmão indecisos ou amorfos, saibamos
classificá-los por amigos cautelosos e moderados.
Indubitavelmente os pensamentos e as palavras, na expressão simbólica, são cores
e tintas com que nos será lícito expressar a própria conceituação de
acontecimentos determinados, no entanto, em se tratando de criaturas sensíveis
quanto nós, sejamos observadores das ocorrências e irmãos das pessoas, a fim de
auxiliá-las para que igualmente nos auxiliem.
Busquemos sentir e pensar, agir e realizar no bem e saberemos sempre sacar do
coração e do cérebro a boa palavra capaz de compreender e de amparar, orientar e
servir.
Emmanuel