Nossos Filhos - Homens do Mundo

Grandes dificuldades que atravessa nossa sociedade poderiam ser solucionadas a partir da orientação, da educação consciente, no lar.

Além do despreparo e, até possível descuido, por parte dos genitores, atualmente observamos também que, com algumas interpretações nem sempre corretas de determinadas técnicas educacionais, muitos pais bem intencionados acabam por cair em equívocos.

É preciso, acima de tudo, ter em mente que nossos filhos são Espíritos. Filhos de Deus, que aguardam de nós a segura educação, que os auxilie no aperfeiçoamento moral e na consequente evolução espiritual.

Entendendo moral como a regra de bem proceder, esta deve ser trabalhada desde que o bebê anuncia sua vinda ao mundo.

Ainda no ventre materno, enquanto Espírito, ele percebe o que acontece em seu entorno. Pode, com os ouvidos da alma, captar os pensamentos e sentimentos que lhe endereçam os pais.

E as vibrações emanadas desses pensamentos e sentimentos sendo de acolhimento, de harmonia, de amor, lhe falam da agradável expectativa pela sua chegada. Em decorrência, o tranquilizam, o alimentam e lhe fazem muito bem.

Assim unido aos pais, absorvendo as vibrações de um e de outro, inicia-se o processo de educação daquele que ainda nem nasceu para a vida.

Daquele que é alguém sem certidão de nascimento, mas com direitos, como todos nós.

Daquele que nos ouve, que capta nossos pensamentos, que observa as ações que praticamos todos os dias, dentro ou fora dos quadros morais.

E será essa educação, recebida no lar, desde agora e com a posterior convivência, através das lições faladas, exemplificadas e ensinadas, através dos direitos e deveres ali praticados, que alicerçará sua futura conduta.

Exemplo disso é aquela mãe de família que recebera orientação segura na infância, e tinha um filho tetraplégico com quarenta e seis anos.

Tentou conseguir fraldas descartáveis, com razoável desconto.

Ao apresentar a receita emitida pelo médico, na farmácia, foi-lhe esclarecido que o desconto somente era permitido para maiores de sessenta anos.

A atendente a orientou para solicitar ao médico que a receita fosse refeita e em seu próprio nome para conseguir o que desejava.

No entanto, atendendo seu dever de consciência, ela descartou essa possibilidade, não desejando agir de forma incorreta.

Quando aceitamos o Cristo Jesus como Modelo e Guia de nossas vidas, não mais nos permitimos desvios de comportamento.

O verdadeiro cristão é aquele que edifica a si mesmo e à sua família nos alicerces do Evangelho de Jesus.

Busca visualizar o seu eu imortal, vence a si mesmo e as suas imperfeições, tornando-se simples, íntegro e verdadeiro.

E vê nos filhos os seres imortais que Deus lhe envia para que os conduza, nos caminhos do dever, crescendo para a luz.

Seres que primeiramente se aninham em seu lar, como aves buscando apoio e que se vão, depois, para conquistar o mundo, enquanto espalham, com as suas presenças, as benesses recebidas através da educação, fazendo a diferença, onde quer que se encontrem.


Momento Espírita