Mãos Divinas
A luz da mão divina sempre desce,
Misericordiosa e compassiva,
Sobre as dores da pobre alma cativa,
Que está nas sendas lúcidas da Prece.
Se a amargura das lágrimas se aviva,
Se o tormento da vida recrudesce,
Aguardai a abundância da outra messe
De venturas, que é da alma rediviva.
Confiando, esperai a Providência
Com os sentimentos puros, diamantinos,
Lendo os artigos ríspidos da Lei!
Os filhos da Piedade e da Paciência
Encontrarão nos páramos divinos
A paz e as luzes que eu não alcancei.
Antero de Quental