Orar
Pedi e obtereis – ensinou o Mestre Divino.
Semelhante lição, todavia, abrange todos os setores da vida, tanto no que se
refira ao bem, quanto ao mal.
Qualquer propósito é oração.
A prece nasce das fontes da alma, na feição de simples desejo, que emerge do
sentimento para o cérebro, transformando-se em pensamento que é a força de
atração.
Nesse sentido, todo anseio recebe resposta.
Há orações que são atendidas, de imediato enquanto que outras, à maneira de
sementes raras, reclamam largo tempo para a germinação, florescimento e
frutificação.
Necessário, portanto, vigiar sobre o manancial de nossas aspirações.
As rogativas do bem se elevam às Esferas Superiores, ao passo que os anelos do
mal descem às zonas de purgação, das trevas indefiníveis.
Anjos existem, habilitados a satisfazer aos bons, da mesma forma que entidades
da sombra se acham a postos, a fim de colaborarem com os maus.
Forneçamos os temas elogiáveis ou infelizes de nossas cogitações mais íntimas e
os executores invisíveis se manifestarão ativos, contribuindo na realização de
nossos projetos, de conformidade com a natureza de nossas intenções.
Reconhecendo que ainda não sabemos pedir, de vez que, na maioria das vezes,
ignoramos a essência de nossas próprias necessidades, imitemos o Divino amigo,
na oração dominical, quando nos ensina a endereças as nossas súplicas ao Pai
Todo-Misericordioso, na base da confiança perfeita: - “Faça-se a Tua Vontade
justa e soberana, na Terra e em toda parte”.
O ensinamento do Cristo guarda absoluta atualidade, nas menores características
do nosso tempo, entendendo-se que desejar é função de todos, enquanto que orar
com proveito é serviço que raros corações sabem fazer.
Emmanuel