Perdoa Sempre
Perdoa, meu irmão,
A noite triste e densa,
Porque a noite nos traz da escuridão
A alvorada por doce recompensa.
Desculpa, meu amigo,
Os acúleos das dores,
Quase sempre o espinho traz consigo
A oferenda das flores.
Suporta, conformado,
Os golpes da amargura,
Pois muitas vezes, o fel inesperado
Traz a bênção da cura.
Tolera a tempestade que alardeia
Violência e furor...
Finda a tormenta, a Terra brilha cheia
De promessas de amor.
Em todo o tempo, a vida é sempre assim
Se o perdão te conduz
Recolherás os júbilos do fim,
Na vitória da luz.
Carmem Cinira