Exortados a Batalhar
“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação
comum, tive por necessidade dirigir-vos esta carta, exortando-vos a batalhar
pela fé que uma vez foi dada aos santos.” – (JUDAS, 3.)
O Cristianismo é campo imenso de vida espiritual, a que o trabalhador é chamado
para a sublime renovação.
O sedento encontra nele as fontes da “água viva”, o faminto, os celeiros do
“eterno pão”. Os cegos de entendimento nele recebem a visão do caminho; os
leprosos da alma, o alívio e a cura.
Todos os viajores da vida, porém, são felicitados pelos recursos indispensáveis
à jornada terrestre, com a finalidade de se erguerem, de fato, nAquele que é a
Luz dos Séculos. Desde então, restaurados em suas energias espirituais, são
exortados a batalhar na grande causa do bem.
Ninguém se engane, pois, na oficina generosa e ativa da fé.
No serviço cristão, lembre-se cada aprendiz de que não foi chamado a repousar,
mas à peleja árdua, em que a demonstração do esforço individual é imperativo
divino.
Jesus iniciou, no círculo das inteligências encarnadas, o maior movimento de
libertação do espírito humano, no primeiro dia da Manjedoura.
Não se equivoquem, pois, os que buscam o Mestre dos mestres… Receberão,
certamente, a esperada iluminação, o consolo edificante e o ensinamento eficaz,
mas penetrarão a linha de batalha, em que lhes constitui obrigação o combate
permanente pela vitória do amor e da verdade, na Terra, através de ásperos
testemunhos, porque todos nós, encarnados e desencarnados, oscilantes ainda
entre a animalidade e a espiritualidade, entre o vale do homem e a culminância
do Cristo, estamos constrangidos a batalhar até o definitivo triunfo sobre nós
mesmos pela posse da Vida Imortal.
Emmanuel