Libertação Espiritual
A solução do problema da libertação espiritual, considerado originalmente, é
questão de foro íntimo, qual acontece ao homem na vida comum.
Uma criatura poderá ter renascido em lastimáveis condições de penúria e acordar
para as responsabilidades da reencarnação em ambiente vicioso, seja na família
consangüínea ou na esfera de relações sociais em que foi levada a conviver,
atravessando, por isso, largo trecho da existência em perigoso arrastamento ao
mal; entretanto, se determina a si mesma o dever de elevar-se, acendendo no
raciocínio a lâmpada do estudo e abraçando a trilha correta do trabalho, a breve
tempo começa a receber o amparo daqueles a quem se faz útil, conquistando mais
alto nível, do qual consegue estender braços fraternos, em socorro dos irmãos
que ficaram na retaguarda.
Ocorre o mesmo nos domínios do espírito.
Determinada pessoa pode encontrar-se às súbitas, debaixo da influência de
entidades perturbadoras, seja por haver atraído-as por pensamentos infelizes ou
porque sejam elas aqueles companheiros que lhe constituem a equipe de sócios das
existências passadas; conseqüentemente é capaz de sofrer induções à
delinqüência, em atormentados processos obsessivos, mas, se delibera
emancipar-se, procurando a luz do conhecimento e situando o caminho no serviço
aos semelhantes, passa a recolher, de imediato, o concurso daquele a quem
auxilia, alcançando mais alto nível, do qual pode enviar apoio amigo àqueles
mesmos Espíritos que se lhe erigiram à condição de perseguidores.
Fácil de compreender que toda criatura está vinculada ao grupo de inteligências
e corações que lhe são afins, sejam em nos referindo a companheiros encarnados
ou desencarnados, diante das avenidas da renovação e do progresso, descerradas,
indiscriminadamente, a nós todos.
À frente, pois, dessa verdade, toda vez que estivermos inclinados à queda nas
sombras da obsessão, quando na estância física, será possível receber a
cooperação salvacionista de numerosos benfeitores; reconhecendo, porém, aquela
outra realidade da lei de sintonia, pela qual sabemos que o ímã de atração das
nossas companhias está no campo de nossa própria alma, não será lícito esquecer
que o trabalho de nossa libertação e reequilíbrio depende positivamente de nós.
Emmanuel