Vigilância no Trabalho
Amigos, louvado seja Deus!
O tempo urge, de fato, convocando as almas de boa vontade ao trabalho
libertador. É a grande ensancha que Deus oferta aos filhos Seus, que se
encontram realizando esforços de evolução na Terra.
Fomos obsequiados com as bênçãos do Criador para que, mesmo sob o azorrague de
intensas pelejas, realizássemos o próprio progresso, deixando ao pretérito as
experiências em que desconsiderávamos a nossa condição de seres imortais,
fazendo uso indevido das oportunidades da reencarnação.
O trabalho dos Emissários de Jesus, o Nazareno, junto aos seareiros do bem, vem
sendo, curiosamente, o de envolvê-los em fluidos salutares específicos, o de
protegê-los com recursos apropriados, impedindo que sejam desnorteados ou
tragados por influências nefastas do campo espiritual sombrio, que se valem dos
cochilos morais dos lidadores, embora a sua atuação nas atividades do Movimento
Espírita.
A razão de enfocarmos essa temática, no momento, deve-se ao fato de que muitos
confrades respeitáveis, que vêm operando um considerável labor positivo no
âmbito da mensagem luminosa do Espiritismo, não têm mantido o esperado cuidado
relativamente às suas vidas pessoais, particulares, muitas vezes por entender
que se possa ser espírita por turnos... Num turno, faz-se tudo o que a Doutrina
Espírita propõe, conquistando a consideração e os encômios dos irmãos de crença,
enquanto noutro, libera-se o homem velho para que se possa experimentar todos os
sabores do mundo passageiro, mesmo que amargos, seja na esfera dos negócios, da
vida com a família ou do relacionamento com os confrades, desatendendo aos
preceitos da honorabilidade, da fidelidade e da fraternidade, como se fosse
perfeitamente normal essa dualidade moral. É do Apóstolo Paulo a orientação:
Vede prudentemente como andais...1
Na órbita das realizações espíritas, torna-se um dever de cada um de nós guardar
a devida vigilância em torno dos próprios passos, garantindo que cremos, que
assumimos exatamente aquilo que estamos transmitindo a outras inteligências,
guardando, assim coerência entre o nosso discurso e o curso da nossa vida.
Dispostos, então, a envolver-nos com o vero espírito do Espiritismo, que não nos
cobra perfeição, mas que nos pede fidelidade, tratemos de não desmentir com os
feitos o que apregoamos com nossas palavras escritas ou faladas.
Conscientes quanto à honra de viver tão eloquente contexto espiritista, nesses
tempos complicados do mundo contemporâneo, unamo-nos, fraternalmente, e
confraternizemos em torno desse Ideal, sem perdermos a ocasião de exercitar,
ainda que pouco a pouco, a fidelidade proposta por Jesus aos Seus seguidores de
todos os tempos.
É com augúrios de muito progresso e paz, que abraço os irmãos, na condição de
pequeno servidor,
Joaquim Olympio de Paiva