Mensagem
Meus amorosos irmãos,
Que nos guarde sempre o Mestre Jesus.
Profundamente emocionada me encontro pela aquiescência dos nossos mentores,
quando me ensejam dirigir-lhes algumas palavras, mesmo que breves.
O trabalho espírita em nosso Rio de Janeiro, amados, não deve sofrer solução de
continuidade, tampouco ser minimizado por nenhuma postura que represente descaso
ou frieza à frente dos deveres que todos assumimos com os mensageiros do Cristo,
que nos apadrinharam na abençoada seara.
No momento presente, bem mais do que antes, urge que todos os que mourejam com
boa vontade nas fileiras do Espiritismo, mantenham-se atentos para não ingerir
propostas nefastas, surgidas aqui e ali, intentando desnortear os invigilantes
servidores que, distraídos e distanciados do devido conhecimento espírita,
empolgam-se com facilidade perante as múltiplas e fátuas ideias que se propõem,
presunçosas, à guisa de novidade, substituir ou empanar as lições rutilantes do
Consolador.
O tempo de agora exige-nos coerência no bem e fidelidade aos deveres, para que
assumamos a prática cotidiana da própria transformação preconizada por Allan
Kardec, sem perdermos de vista os compromissos para com a imensa família
espírita que confia em nossos labores de orientação.
É tempo de unir-nos em nossos pontos comuns, fraternalmente, de modo a concluir
a obra que o Senhor confiou às nossas mãos, sem deixarmos que as perturbações
comuns, inspiradas nas ações do homem velho no pretérito aturdido, acabem por
fazer de nós inimigos uns dos outros na estrada em que todos devemos nos
reencontrar, atentos ao ensinamento do Senhor, quando recomendou que antes de
deixar a nossa oferta no templo, deveremos reconciliar-nos com os nossos
irmãos...1
Estamos vibrantes, bons amigos, com a firmeza adotada na lida que os
companheiros desenvolvem em nosso território fluminense, fazendo votos para que
não se ensoberbeçam nem se amuem perante as lutas que a todos nos cabem, quer os
que estão ao corpo carnal atrelados quer os que se acham liberados do soma, no
Além.
Transmito-lhes o abraço de vários irmãos que atuaram em nosso
Estado,devotadamente, e que ora se veem no Mundo Espiritual, prosseguindo no
mesmo ideal.
Dentre eles, Antônio Lucena e Paiva Melo, Nair Cruz e Atlas de Castro, Sylvio
Karl e Ruth Santana, que se envolvem, entusiastas, com os trabalhos de todos os
servidores de boa vontade do nosso Conselho e de todos os seus valorosos braços
representativos.
Quanto a mim, continuo a sua servidora, a mais comum dentre todos, comovida com
a honra de servir a Deus na Terra sob as instruções do vitorioso Espiritismo.
Recebam, queridos irmãos, o abraço de ternura, de gratidão e de alegria, da sua
irmã.
Helena Costa de Sá