Fonte Oculta
Na atualidade do mundo, existem medicamentos que alienam as forças da mente,
impelindo-as à prostração, mas não à tranquilidade real.
Os homens de hoje dispõem de máquinas que os auxiliam a ganhar tempo, mas não a
calma, diante das provações que se lhes fazem necessárias.
Por outro lado, a fortuna amoedada, quando não dirigida para o trabalho
edificante e para as realizações do bem ao próximo, é suscetível de estabelecer
inquietações permanentes.
Na mesma ordem de pensamento, a força do poder, apesar das vantagens que é capaz
de criar na vida comunitária, quase sempre, é um celeiro de ansiedades e
incompreensões.
A paz, por isso, tão ardentemente anelada, é comparável a uma cobertura,
entretecida com fragmentos de alegria, como sejam:
O retorno de uma pessoa querida, ausente desde muito;
O reajuste do equilíbrio orgânico;
A satisfação das dívidas pagas;
O abraço de um amigo;
Uma carta, mensageira de reconforto;
Alguns momentos de convívio com a Natureza;
A visão do azul no firmamento;
A presença de uma criança;
O sorriso de alguém;
O carinho de um animal que nos partilhe o ambiente;
Os momentos de oração.
A paz que jamais se compra é uma luz interior que nos clareia o caminho para o
encontro do melhor que Deus nos reserva; entretanto, estejamos convencidos de
que nas bases da consciência tranquila, em que a paz encontra nascedouro, jaz a
fonte oculta da paciência.
Emmanuel