Traço Espírita
O companheiro, contado na estatística da Nova Revelação, não pode viver de
modo diferente dos outros, no entanto, é convidado pela consciência a imprimir o
traço de sua convicção espírita em cada atitude.
Trabalha - não ao jeito de pião consciente enrolado no cordel da ambição
desregrada, aniquilando-se sem qualquer proveito.
Age construindo.
Estuda - não para converter a personalidade num cabide de condecorações
acadêmicas sem valor para a Humanidade.
Aprende servindo.
Prega - não para premiar-se em torneios de oratória e eloquência, transfigurando
a tribuna em altar de suposto endeusamento.
Fala edificando.
Administra - não para ostentar-se nas galerias do poder, sem aderir à
responsabilidade que lhe pesa nos ombros.
Dirige obedecendo.
Instrui - não para transformar os aprendizes em carneiros destinados à tosquia
constante, na garantia de propinas sociais e econômicas.
Ensina exemplificando.
Redige - não para exibir a pompa do dicionário ou render homenagens às
extravagâncias de escritores que fazem da literatura complicado pedestal para o
incenso a si mesmos.
Escreve enobrecendo.
Cultiva a fé - não com o intento pretensioso de escalar o céu teológico pelo
êxtase inoperante, na falsa idéia de que Deus se compara a tirano amoroso, feito
de caprichos e privilégios.
Crê realizando.
O espírita vive como vivem os outros, mas em todas as manifestações da
existência é chamado a servir aos outros, através da atitude.
André Luiz