Justiça e Amor
Todos os valores da vida pedem extensão e rendimento para atenderem ao Eterno
Equilíbrio nas bases do Universo.
Se o ouro reclama aplicação justa, também o conhecimento elevado exige
substância e proveito.
Se o primeiro; acumulado inutilmente; gera a cobiça que detém a cabeça do avaro
no desvario da posse efêmera, o segundo, guardado sem ação nas obras edificante,
cria a vaidade que mergulha o coração orgulhoso nas trevas de espírito.
Não basta compreendas o estatuto que nos rege os destinos para que te harmonizes
contigo mesmo.
É necessário transfundas o próprio entendimento em serviço aos semelhantes, para
que a flama do cérebro se te faça luz no caminho.
Não te demorarás, estudando a ficha do irmão que sofre, aferindo-lhe os méritos
e desméritos para expressares depois a bondade que teorizes.
Antes de tudo recorda que, se o próximo experimenta provação e amargura por
determinação da Excelsa Justiça, a tela de angústia em que o próximo se debate
se te descerra aos olhos do mundo, por determinação do Divino Amor, a fim de que
exercitem a piedade e a cooperação, o socorro fraterno e a solidariedade
espontânea.
Não olvides que alma alguma, enquanto na vestimenta da carne, poderá conhecer o
integral conteúdo das próprias dívidas e auxilia aos outros quando puderes,
embora saibas que o prodígio da redenção compulsória é plenamente impossível, de
vez que amanhã chegará igualmente o teu dia de acerto maior na Contabilidade
Divina.
Não desistas de ampara, através do bem, porquanto se o progresso e a felicidade
na Terra solicitassem apenas a penetração no conhecimento da Lei e no simples
entendimento de nossas culpas, decerto Jesus não se abalançaria a estender
amorosas mãos entre os homens, suportando-nos a ignorância, os débitos e
fraquezas, até o ponto de imolar-se na cruz, bastando, para isso, nos enviasse
as Boas Novas de Redenção, em cartazes de propaganda, dependurados no Céu.
Emmanuel