Palavras de Amor Paternal

Amigos.

O Senhor nos abençoe.

Hoje é uma grande noite no lar e na família. E somos parte do conjunto que formastes no tempo, em honra de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Com os nossos votos de trabalho e paz, coragem e alegria, a todo vós, com que nos reunimos habitualmente, desejamos que esses fatores da felicidade vos caracterizem a existência em todos os vossos dias. Mas não nos prendemos unicamente aos votos referidos. É nosso propósito agradecer-vos toda a cooperação que nos proporcionastes, no transcurso de 1988, através das atividades em que expressais a vossa fidelidade aos compromissos assumidos.

Agradecemos o amor que doastes aos irmãos em dificuldade ou penúria;

A tolerância com que soubestes desculpar as nossas falhas, na condição de imperfeitos amigos espirituais;

A assiduidade no desempenho de nossas tarefas, nas quais vos fizestes nossos professores de dedicação aos ensinos que Jesus nos legou;

A cortesia e o devotamento ao bem, com que ouvistes duras observações daqueles que nos procuram ainda inconscientes das realidades que nos felicitam;

As palavras de bom ânimo com que levantastes tantos companheiros caídos em desesperação, ante as provas que os aguardavam na experiência física;

Os impulsos generosos com que atendestes ao apelo dos necessitados de todas as procedências;

A resignação que infundistes em muitos de nossos irmãos, ansiosos na expectativa de receber os comunicados de entes queridos, que não nos foi possível abordar, irmãos esses que passaram a escutar com respeito às referências edificantes, alusivas à nossa Doutrina de Paz e Amor;

A compreensão com que registrastes as queixas e reclamações, injúrias e exigências de amigos encarcerados nas grades da inconformação;

A esperança que acendestes no escuro de corações desolados e infelizes;

A reorientação fraternal com que vos conduzistes no esclarecimento aos companheiros enganados por ilusões que os situavam na fantasia;

O trabalho constante com que vos decidistes a traduzir os ensinamentos do Divino Mestre, socorrendo aos últimos das filas humanas, amparando os desvalidos e agasalhando os nus;

O entendimento com que suportastes críticas e acusações gratuitas, entregando os obstáculos do mundo à Divina Providência;

O espírito de fraternidade com que dialogastes, construtivamente, com os amigos distanciados do Bem, suportando com serenidade os agravos e as agressões.

O silêncio que adotastes à frente do mal, cientes de que a Infinita Bondade do Senhor transforma sem alarde e sem alarme os desgostos e amarguras, com que fostes tantas vezes defrontados nos caminhos da fé;

E por todas as vossas qualidades nobres e esforços de auto-aperfeiçoamento, ensinando-nos a amar e a esperar, a abençoar e a elevar, convertendo-vos, involuntariamente, em orientadores para nós outros, os vossos companheiros desencarnados e, por todas as bênçãos de trabalho e paciência, com as quais nos enriqueceis de confiança e alegria, eis-me aqui o menor de vossos servidores, a fim de repetir-vos:

Muito obrigado e que Deus nos abençoe!


Bezerra de Menezes