Não Bastará Dizer
Não bastará clamar, “Senhor! Senhor!...”, para atravessarmos vitoriosamente
as portas da iluminação espiritual.
Muitos clamam pela proteção do Divino Mestre, em lágrimas de compunção, mas não
lhe aceitam os desígnios salvadores. Esperam pelo Benfeitor Divino, à maneira de
crianças caprichosas, habituadas a viciosas exigências.
Muitos apelam para Jesus, reclamando-lhe socorro, declarando-se extenuados pelas
pequenas lutas que lhes couberam no mundo, entretanto, são cegos para os fardos
pesados que os vizinhos suportam heroicamente.
Muitos repetem o nome do Amigo Celeste, não para materializar-lhe os princípios
no mundo, mas para conquistarem destacado lugar no banquete da dominação humana.
Muitos se reportam ao Mestre da Cruz, rogando-lhe refúgio entre os anjos,
todavia, em plena fuga ao serviço que o Céu lhes conferiu, entre as criaturas,
na Terra, para soerguimento dos seus próprios irmãos de jornada evolutiva.
O problema da elevação espiritual não está situado em nossos lábios; acima de
tudo, em nosso coração e em nossos braços, que devemos mobilizar a serviço dos
outros e em favor de nós mesmos.
Apliquemo-nos à ação permanente do bem e, na certeza de que “a cada um, será
dado segundo as próprias obras”, procuremos a nossa posição de servidores, no
abençoado campo da vida, que nos oferece recursos incessantes à plantação de
nossa própria felicidade.
Emmanuel