Velha Sombra
A grande e velha sombra que oculta habitualmente a candeia bruxuleante de
nossa fé, muitas vezes, se exprime na espessa neblina da ociosidade mental, que
nos entorpece os melhores impulsos para a construção do bem.
Preguiça de pensar com a própria cabeça...
Preguiça de sentir com o próprio coração...Preguiça de auxiliar...
Preguiça de fazer...
Preguiça de aprender...
Preguiça de ensinar...
Não acredites que bastaria a confissão em Cristo para dar aos outros o
necessário testemunho de comunhão com o Evangelho de Amor e Luz.
Em muitas ocasiões, a própria palavra é um asilo à preguiça despistadora, que se
envolve no verbalismo fulgurante, para continuar arrojada à inutilidade e à
prostração.
Que a nossa frase se estenda em abençoada luz, revelando o Eterno Benfeitor que
nos rege os destinos, mas que não nos exonere do dever do exemplo vivo, de vez
que apenas na linguagem convincente das obrigações corretamente cumpridas é que
seremos entendidos pelos companheiros de jornada no grande caminho da evolução.
Dissipemos o nevoeiro da preguiça que nos esconde o ideal de servir e avancemos,
com diligência, no terreno da ação.
Evitemos seja colocada a lâmpada de nosso conhecimento sob o antigo velador do
desculpismo e, exumando os braços e os recursos que estejamos conservando no
frio da inércia, façamos da inteligência o arado de nosso amor, unindo cérebro e
coração, alma e corpo, vida e entendimento, na construção da verdadeira
fraternidade sobre a Terra, na certeza de que somente pelo trabalho incansável
no bem é que nos transformaremos em instrumentos vivos nas realizações do
Senhor.
Emmanuel