Injustiça Social

Nos meios de comunicação temos colhido informações que nos falam: de crianças carentes, passando fome e frio, de famílias sem teto, de desempregados, da má distribuição de renda, etc., deixando-nos aturdidos de tanta “Injustiça Social”. 
Para justificar a nossa não participação na responsabilidade de tanta miséria que nos espreita, num esforço mental não muito grande, já sabemos para quem transferir a culpa, “ela é do Governo”. 
Por falar na Justiça, todos sabemos que ela é feita pelos homens e por isso mesmo, ela ainda está repleta de interesses parciais e de visões do que se entende hoje por certo ou errado, digo hoje porque se compararmos nossas leis com as da Idade Média, concluiremos serem estas últimas bárbaras e monstruosas, mas àquela época eram consideradas Justas e Naturais. Por mais que tentássemos deixá-las isentas das nossas paixões, nossas Leis ainda estariam imperfeitas porque o homem não pode compreender toda a Justiça e ainda assim teríamos os excluídos, os que ela não conseguiria abarcar, os “Injustiçados”. 
Ao contrário da Lei humana, existe a deixada por Jesus, que se encaixa em qualquer condição do entendimento humano, em qualquer tempo ou lugar, pois fundamenta-se na consciência de cada pessoa, naquilo que cada um quer de melhor: “desejar aos outros o que nós desejaríamos para nós mesmos.” Nesta acepção de Justiça, some o caráter coletivo e prevalece o caráter individual, pois ficamos, cada um de nós, responsáveis por aplicá-la no nosso cotidiano. Ainda não a conseguimos porque somos seres extremamente egoístas, pensando somente em nós, desejando o melhor para nós e os outros que cuidem de si mesmos, relembrando o jargão popular do “cada um por si.” 
Se verificarmos que a responsabilidade é individual e que o conjunto dos pequenos é que faz o grande, reconheceremos que não existe “Injustiça Social” e sim o nosso “Imenso Egoísmo”. 
Aliás, na Doutrina Espírita acreditamos que não existem injustiças ou injustiçados, mas sim seres Injustos!


Equipe Caminhos de Luz