Ordem e Luz
"A fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida". Lucas: 2-5
Há muitas pessoas que, como os judeus antigos, se fazem rigorosas quanto ao
conceito de ocasião na prática do bem ou no desenvolvimento do trabalho.
Os fariseus condenavam o Cristo por curar nos dias de Sábado, ao mesmo passo
que, modernamente, muitos aprendizes levam a extremismo suas concepções no
capítulo do descanso dominical ou da aplicação das suas possibilidades de
serviço, nos diversos setores das atividades quotidianas.
Naturalmente que ninguém deverá viver fora da ordem e nada se conseguirá sem
metodização, porém, no centro de toda atividade coordenativa não deve existir
condição convencional para o exercício do bem, porque esta é a luz que
resplandecerá em todas as situações, ao lado de todos os deveres.
Nesse sentido, o Evangelho nos oferece uma lição salutar.
José e Maria dirigindo-se a Belém obedecem à ordenação política de César, mas
Jesus vindo ao seu encontro, nas palhas da Manjedoura, fora do ambiente
doméstico, mostra que a Claridade Divina pode bafejar os trabalhos da criatura
em qualquer parte.
O casal de Nazaré não apresenta desculpas a fim de evitar a obrigação devida à
ordem, Jesus não apresenta condições especializadas para se oferecer às
criaturas.
Daí inferimos que não se deve viver sem ordem em parte alguma, observando-se,
porém, que esta nunca poderá excluir o bem, porque, antes de tudo, quando
respeitada, é o justo caminho, por onde a luz se manifesta.
Emmanuel