Honrarás a Liberdade
Honrarás a liberdade, não para voltar às brumas do passado em cujos desvarios
já nos submergimos muitas vezes, e que te impeliram a tomar novo corpo no plano
físico, mas, frequentemente para resgatar as conseqüências infelizes dos atos
impensados.
Estimarás a liberdade para cultivar a consciência tranqüila pelo exato
desempenho dos compromissos que esposaste.
Muitos companheiros da Humanidade se farão ouvir, diante de ti, alinhando
teorias brilhantes em se referindo a independência e progresso, quase sempre
para justificar o desgovernado predomínio do instinto sobre a razão, como se
progresso e independência constituíssem retorno ao primitivismo e à animalidade.
Ouvirás a todos eles com tolerância e bondade, observando, porém, as ciladas que
se lhes ocultam sob o luxo verbalístico, à maneira de armadilhas recobertas de
flores, e seguirás adiante de coração atento à execução dos encargos que a vida
te reservou.
Sabes que a inteligência, quando se propõe desregrar-se no esquecimento dos
princípios que lhe ditam comportamento digno, inventa facilmente vocábulos
cintilantes, de modo a disfarçar a própria deserção.
Aceitarás o trabalho no grupo doméstico ou na equipe de ação edificante aos
quais te vinculas, na produção do bem geral, doando o melhor de ti mesmo em
abnegação aos companheiros que te compartilham a experiência, na certeza de que
unicamente nas lutas e sacrifícios em que somos obrigados a viver e a conviver,
uns à frente dos outros, é que conseguiremos a carta de alforria no cativeiro
que nos aprisiona aos resultados menos felizes das existências passadas.
Orarás e vigiarás, segundo os ensinamentos de Jesus, e honrarás a liberdade qual
ele mesmo a dignificou, amando aos semelhantes sem exigir o amor alheio e
prestando auxílio sem pensar em recebê-lo.
Serás, enfim, livre para obedecer às Leis Divinas e sempre mais livre para ser
cada vez mais útil e servir cada vez mais.
Emmanuel