Compaixão e Vida
Compadece-te de quantos se encarceram nas malhas esbraseadas da violência.
A fim de prestar-lhe auxílio, lembra-te de cultivar a paz, como quem se decide a
socorrer as vítimas de um incêndio, usando compreensão e brandura.
Aqueles que largam a órbita da prudência, caindo na agressividade exagerada,
entram para logo nos quadros patológicos da loucura. E já não sabem o que fazem.
Compadeça-te sempre.
Por traz das palavras candentes que te magoam, comumente existe um coração
avinagrado pela carência de amor, suplicando apoio afetivo.
Na retaguarda dessas faces contraídas, semelhantes a máscaras de ódio despejando
condenação, muitas vezes se esconde a dor da criatura que se vê sem forças
suficientes para suportar a moléstia que carrega no próprio corpo.
E movendo as mãos que espancam, sem pensar, quase sempre, jazem sofrimentos
ocultos ou influências obsessivas que as fazem desvairar.
Se te encontras em caminho com semelhantes doentes da alma, abençoa-os com a
prece muda e segue adiante.
Se te gritam em rosto impropérios e insultos, continua orando por eles, nada
repliques e confia-os em pensamento, à Providência Divina. Os agressores são
irmãos enfermos, em cuja alma a revolta instalou perigosas tomadas de ligação
com as trevas que lhes atormentam a vida.
Diante deles, recorda a paz que o Senhor te concede e entrega-os à farmácia do
Bem Eterno.
Perante quaisquer problemas, o Céu tem soluções que desconhecemos.
É por isso que Jesus proclamou no Sermão do Monte: “Bem-aventurados os
misericordiosos porque encontrarão misericórdia, diante das Leis de Deus”.
Meimei